domingo, 11 de janeiro de 2015

Figuras importantes:

Nascido a 5 de Junho de 1890,
Guilherme Ferreira da Silva era filho de António Ferreira Inácio, barbeiro sangrador, e de Maria José Silva “ descendente das mais ilustres famílias Pampilhosenses”.
Cursou o Magistério Primário em Coimbra por vontade própria, embora a família aspirasse para o jovem Guilherme a carreira de médico.
Dotado de grande inteligência, frequentava tertúlias no restaurante da estação em Pampilhosa com os grandes industriais da altura. Segundo informação dos seus descendentes deslocava-se frequentemente a Lisboa à “Livraria Portugal” onde se juntavam os grandes inteletuais da época, salientando-se Aquilino Ribeiro de quem era amigo. Era um republicano convicto, certamente destas deslocações resultou o seu vínculo a diversos jornais em que colaborava, Diário da Beira, Republica, Século e Diário de Coimbra.
Vem a casar com Maria do Céu Ferreira Fonseca, professora primária, natural de Celorico da Beira, matrimónio do qual nasceram duas filhas, Edite Ferreira da Silva e Maria José Ferreira da Silva.
De um profissionalismo invulgar, aproveitava a sua ação enquanto professor, para alargar consideravelmente os horizontes culturais das crianças da Pampilhosa.
Deve-se à sua ação de dinamizador cultural, a educação no gosto pelas artes de toda uma geração de Pampilhosenses.
Integrou como flautista a Filarmónica Pampilhosense, associação de cuja direção viria a presidir mais tarde.
Em parceria com o maestro Joaquim Pleno que musicava as obras, escrevia entremezes e pequenas peças de teatro que encenava envolvendo a população autótone.
Ao senhor Professor Guilherme Ferreira da Silva se deve também a “importação” de um costume da época e que perdurou até aos nossos anos 80 do século XX, “Enterro do bacalhau”, que mobilizava toda a Pampilhosa Alta no cortejo em sábado de aleluia.
Funcionava em sua casa, na rua com o seu nome nº 24 uma extensão da Conservatória do registo civil.

Texto retirado da página web da Junta de Freguesia

Sem comentários: