
Guilherme Ferreira da Silva era filho de António Ferreira Inácio, barbeiro sangrador, e de Maria José Silva “ descendente das mais ilustres famílias Pampilhosenses”.
Cursou
o Magistério Primário em Coimbra por vontade própria, embora a família
aspirasse para o jovem Guilherme a carreira de médico.
Dotado
de grande inteligência, frequentava tertúlias no restaurante da estação
em Pampilhosa com os grandes industriais da altura. Segundo informação
dos seus descendentes deslocava-se frequentemente a Lisboa à “Livraria
Portugal” onde se juntavam os grandes inteletuais da época,
salientando-se Aquilino Ribeiro de quem era amigo. Era um republicano
convicto, certamente destas deslocações resultou o seu vínculo a
diversos jornais em que colaborava, Diário da Beira, Republica, Século e
Diário de Coimbra.
Vem
a casar com Maria do Céu Ferreira Fonseca, professora primária, natural
de Celorico da Beira, matrimónio do qual nasceram duas filhas, Edite
Ferreira da Silva e Maria José Ferreira da Silva.
De
um profissionalismo invulgar, aproveitava a sua ação enquanto professor,
para alargar consideravelmente os horizontes culturais das crianças da
Pampilhosa.
Deve-se à sua ação de dinamizador cultural, a educação no gosto pelas artes de toda uma geração de Pampilhosenses.
Integrou como flautista a Filarmónica Pampilhosense, associação de cuja direção viria a presidir mais tarde.
Em
parceria com o maestro Joaquim Pleno que musicava as obras, escrevia
entremezes e pequenas peças de teatro que encenava envolvendo a
população autótone.
Ao
senhor Professor Guilherme Ferreira da Silva se deve também a
“importação” de um costume da época e que perdurou até aos nossos anos
80 do século XX, “Enterro do bacalhau”, que mobilizava toda a Pampilhosa
Alta no cortejo em sábado de aleluia.
Funcionava em sua casa, na rua com o seu nome nº 24 uma extensão da Conservatória do registo civil.
Texto retirado da página web da Junta de Freguesia
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