quarta-feira, 30 de julho de 2008

A Capela do Senhor do Lombo


Podemos encontrar esta pequena Capela, na parte alta da Vila da Pampilhosa, entre a escola do 1ºciclo e o salão da Filarmónica Pampilhosense.
Em tempos serviu de Capela Mortuária e presentemente é aberta no dia de Ramos, local onde se iniciam os festejos pascais.
“A Capela do Senhor do Lombo, ou do Senhor dos Aflitos, situava-se outrora num local diferente, não longe do actual, – ficando precisamente onde passa a estrada – entre o velho Freixo e o coreto da Filarmónica, na parte alta da Pampilhosa. Fechava assim um pequeno largo: - o Largo do Freixo.
Quando em 1900 foi aberta a estrada, que passou a dar ligação à Estação do Caminho de Ferro e ao novo bairro do Entroncamento, – a capela foi demolida para dar lugar a essa estrada e, transferida para o local onde actualmente está.
É uma construção simples, com porta rectangular, encimada por um óculo em losango formando recortes e vidraça em cruz, de vidro azul e branco. Termina ao alto com uma cruz simples de braços arredondados.
Esta capela tem um só altar principal – do padroeiro - o Senhor dos Aflitos. É uma antiga imagem em pedra, de Cristo crucificado, do séc. XVI.
O nome de Senhor do Lombo, porque é conhecida a Capela, provém do sítio onde foi construída e que abrange todos os terrenos da encosta, que sobe das Valadas até ao Freixo.”
Adaptado de um artigo de Maria das dores de Sousa Christina “Pampilhosa, uma terra e um povo” Revista nº 11-GEDEPA

terça-feira, 29 de julho de 2008

Capela de São Joaquim

Situada no núcleo antigo da povoação e data do século passado.
É pequena, tem porta ogival, em cujo fecho se vê a data de 1904.
Tem sacristia e torre construídas já no século vinte por Joaquim Baptista, que abriu também o oratório acima do altar onde se encontra a imagem do padroeiro.
Quanto a imagens, a actual do santo foi mandado executar no Porto, na segunda década do século XX, por Joaquim Baptista e Joaquim Maria Jordão. Possui ainda uma de Nossa Senhora dos Milagres, de S. João Baptista e Santa Teresa. A do padroeiro é a de melhor nível artístico; a da Senhora é tosca e primitiva e as outras correntes. A primeira missa na capela foi rezada em 19 de Agosto de 1923, pelo arcipreste Francisco Ventura da Marmeleira do Botão. A festa em honra do santo foi inaugurada em 18 de Agosto de 1918, por iniciativa de Joaquim Baptista e Joaquim Maria Jordão. Em frente da capela situava-se o cruzeiro que hoje se encontra na Barrosa, termo do lugar.

Texto tirado de: «Pampilhosa oito séculos de historia» de Maria Alegria Fernandes Marques

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Flores da Romaria do Buçaco




Há muitos, muitos anos, eram estas as flores de papel que se vendiam nas romarias do Buçaco.
Eram compradas pelos rapazes namoradeiros que as ofereciam às suas amadas.
Todas elas tinham uma quadra.
Esta que aqui vemos, foi feita pelo Grupo Regional da Pampilhosa do Botão.
Diz a quadra:

Nunca vi cara tão linda
Nem corpo mais delicado
Nem andar com mais decência
Nem falar com mais agrado.
Quem era a mulher apaixonada que resistia a estes versos?

domingo, 27 de julho de 2008

De pequenino se torce o pepino...

Um pormenor do festival:)

Festival de Folclore na Pampilhosa

O Grupo Regional da Pampilhosa do Botão – danças e cantares do Cértoma – organizou mais Festival de Folclore, que decorreu no Largo do Garoto da vila da Pampilhosa, ontem, dia 26.
Esta iniciativa já se promove há alguns anos.
Neste festival de folclore participaram o Rancho Folclórico e Etnográfico de Cernache de Bonjardim, Rancho Folclórico e Etnográfico da Vila de Pias, Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, Grupo de Danças e Cantares de Santa Maria de Esmoriz e o Grupo Regional de Pampilhosa do Botão – Danças e Cantares do Cértoma. O Grupo de Danças e Cantares Ribatejanas, que estava em cartaz, faltou à chamada.
Foto do grupo anfitrião.

sábado, 26 de julho de 2008

Covas da Baganha

Este largo foi, durante largos anos, local dos festejos da festa em honra da Santa Marinha.
Era aqui que no mês de Julho, as pessoas se reuniam para assistir aos espectáculos musicais. Recentemente remodelado, serve agora de parque de estacionamento e nele podemos encontrar um palco, destinado a acontecimentos culturais. Pena que seja tão poucas vezes usado!
Qual a origem do seu nome? Alguém me sabe dizer?
Baganha significa grainha da uva ou ainda bagaço da azeitona, o que faz um certo sentido, uma vez que a Pampilhosa é terra de vinhas e olivais. Mas covas porquê se essa zona é elevada?
De qualquer modo aqui ficam umas fotos:





sexta-feira, 25 de julho de 2008

A VILA DA PAMPILHOSA


Esta vila foi conhecida durante centenas de anos por Pampilhosa do Botão, pelo facto de ficar localizada perto de uma povoação de nome Botão, Botão antigamente era uma localidade muito importante que até possuía foral.
O documento mais antigo que testemunha a existência de Pampilhosa é datado de 1117 e refere a doação desta “vila” ao Mosteiro de Lorvão, por parte dos seus donos, Gonçalo Randulfo e seu filho Telo Gonçalves.
Ora, pertencendo as terras de Pampilhosa, ao Mosteiro de Lorvão, os pampilhosenses tinham de pagar as suas rendas, às freiras desse Mosteiro.
Existe na parte alta desta Vila, uma Casa Rural Quinhentista (assim chamada por ser dessa era). Em finais do séc. XIX e começos do séc. XX, era propriedade da importante família dos Melo. Segundo a tradição, era a casa que mais azeite recolhia entre o Douro e o Mondego, ou noutra versão, entre o Vouga e o Mondego.
Este conjunto arquitectónico tem sido reconstruído e conservado pelo Gedepa (Grupo Etnográfico de Defesa do Património e Ambiente da Região da Pampilhosa). Aí podemos encontrar um museu com várias salas onde estão expostos objectos muito antigos. Podemos encontrar uma sala dedicada ao azeite, outra às peças de barro feitas nas antigas fábricas de cerâmica da Pampilhosa. Também podemos encontrar uma grande colecção de brinquedos, do tempo dos nossos avós e o já famoso museu do porco.
Até meados do séc. XIX, a Pampilhosa foi sempre um pequeno núcleo rural.
O seu desenvolvimento surge a partir da construção das linhas de caminho de ferro, especialmente da linha da Beira Alta, com a criação do importante entroncamento na Pampilhosa. Seguiu-se a instalação de fábricas de cerâmica, de indústrias de serração, oficinas de olaria, de tanoaria e de ferreiros, fornos de cal e outras actividades (resina, sarro e borras de vinho, adubos, repicagem de limas, etc.).
A 9 de Julho de 1985, a Pampilhosa é elevada à categoria de Vila.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Concurso de ruas

Como já aqui foi referido, a Comissão de Festas que organizou
a Festa em Honra de Santa Marinha retomou tradição de enfeitar as ruas.
Já aqui ficaram algumas fotos das ruas da Pampilhosa.
Aqui ficam hoje, mais algumas fotos das ruas que o júri destacou:

1º lugar - Rua do Casal (um pormenor)














2º lugar (ex aequo) Rua de Coimbra














2º lugar (ex aequo) Rua do Freixo


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Festas de Santa Marinha

Realizaram-se no passado fim de semana, as festas em honra da nossa Padroeira.

Este ano a organização esteve a cargo da Filarmónica Pampilhosense. Foi lançado um desafio à população: decorar as ruas. A Pampilhosa ficou mais bonita e as pessoas que passavam pelas ruas engalanadas, não ficaram indiferentes.
Vejamos algumas fotos:


Padroeira da Vila de Pampilhosa


O dia 18 de Julho, é dedicado à nossa Padroeira, Santa Marinha, Virgem e Mártir.

Santa Marinha nasceu na cidade de Braga, no ano de 120 da era cristã. Era filha de Lúcio Caio Atílio Severo, régulo duma província em que, nessa altura, estava dividido o Império Romano e de D.Cálcia Lúcia, ambos de famílias muito ilustres.
Cálcia gerou nove meninas todas do mesmo parto. E quando o seu marido estava ausente a acompanhar o Imperador Adriano, deu à luz as nove meninas. Dominada pela superstição, e para se livrar das sátiras do mundo e da natural indignação do seu marido, verdadeiramente desgostada, Cálcia resolveu mandar afogar as meninas todas.Comunicou a resolução à única pessoa que lhe tinha assistido ao parto. Essa pessoa chamada Cita, era cristã. Obrigando-a ao mais rigoroso segredo, mandou-a divulgar que afinal tinha sido infeliz no parto e que aproveitasse o escuro da noite, para lançar as nove meninas num dos poços do Rio Este, que corria nos arredores de Braga. Mas o coração bondoso de Cita, encontrou maneira de salvar as crianças. Resolveu levar as meninas a Santo Ovídio, Arcebispo de Braga, que as baptizou. Depois a generosa Cita, procurou nos arredores de Braga, amas cristãs, para criarem e educarem na fé cristã, as nove meninas.
Mais tarde, quando tiveram conhecimento do que se tinha passado com elas, estas santas irmãs resolveram habitar juntas, como se num convento, para assim melhor poderem servir a Deus. Assim viveram durante alguns anos nos arrabaldes da cidade de Braga, numa vida totalmente dedicada a Jesus Cristo.
Levantou-se então uma cruel e terrível perseguição, para tentar acabar duma vez por todas, com a doutrina cristã. Em Braga e em todas as terras do Império Romano, a pena de morte seria do castigo para quem não quisesse adorar ídolos. O Régulo, pai das meninas, logo mandou publicar este Decreto do Imperador de Roma. Quem não cumprisse, seria levado à sua presença, para lhe serem aplicados os respectivos castigos. Os “ministros da justiça”, também foram a casa das nove irmãs; vendo que elas eram cristãs, levaram-nas presas à presença do Régulo, que não as conhecia por suas filhas. Logo ficou deveras impressionado com a atitude daquelas jovens. Fez-lhes várias perguntas e sobretudo se estavam resolvidas a cumprir o que o Imperador mandava: adorar os ídolos do Império. Genebra, a irmã mais velha, respondeu por todas: “A nossa pátria é a cidade de Braga. Se quereis saber a nossa descendência, podeis acreditar que nas nossas veias circula sangue da mais alta nobreza desta província, pois que todas nós somos tuas filhas e filhas de Cálcia tua esposa... Quanto à nossa religião, fica sabendo que todas adoramos Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, com Quem estamos desposadas pelo Baptismo; e todas nós estamos resolvidas a darmos o nosso sangue confessando o Seu nome, mesmo à custa dos maiores castigos.”.
Contou ao pai tudo o que se tinha passado com elas e disse-lhe: “Aqui estamos na tua presença; dispõe de nós como melhor te parecer”. Logo que foram reconhecidas por filhas, tanto o pai como a mãe, tudo fizeram para as persuadir a adorarem os ídolos. Mas as nove meninas, com uma firmeza inabalável, desprezaram todas as promessas, permanecendo firmes na sua fé. Ficaram presas no próprio palácio do pai. Resolveram fugir, separando-se, cada uma seguindo a sua direcção. Santa Marinha foi para a Galiza. Lá trabalhou na lavoura perto da cidade de Orense, até que foi descoberta que era Cristã. Foi muito perseguida e maltratada, mas tudo suportou: açoites, carnes golpeadas com pentes de ferro; as costas e os peitos queimados com ferros em brasa; metida numa fornalha em chamas. Foi então degolada em Águas Santas perto de Orense, onde mais tarde o Rei D.Afonso, o Magno, mandou construir uma Igreja dedicada ao seu culto.
Editoral do jornal "A voz da Paróquia" de Julho de 2006 - Padre Virgílio Francisco Gomes

terça-feira, 22 de julho de 2008

A Vila de Pampilhosa

A mais antiga referência ao topónimo Pampilhosa ou Pampiliosa, conhecido, data de 28 de Junho de 1117 e refere-se ao testamento da doação da vila da Pampilhosa ao Mosteiro de Lorvão.

Por decreto de 31 de Dezembro de 1853, a freguesia da Pampilhosa foi desanexada do concelho de Coimbra a que pertencia, e integrada no concelho da Mealhada.

A Assembleia da República, por deliberação do seu plenário em 9 de Junho de 1985, elevou a Pampilhosa à categoria de vila.

Aqui está situado um dos maiores entroncamentos ferroviários do país.

Estação da Pampilhosa