sábado, 30 de agosto de 2008

A importância das cerâmicas - parte 2

No tempo em que as três cerâmicas trabalhavam, muitas famílias da Pampilhosa eram sustentadas graças ao emprego que elas lhes davam. Os seus operários levavam todos os meses um salário para o sustento da família, por isso havia poucos desempregados na Pampilhosa e as famílias viviam melhor do que noutras terras do país.
As cerâmicas da Pampilhosa tiveram uma influência muito grande no desenvolvimento desta vila. Elas garantiram o sustento de muitas famílias ao longo de muitas décadas. Também tiveram grande influência na arquitectura das casas e de outras fábricas construídas nas redondezas da estação dos caminhos-de-ferro.
A construção das cerâmicas na Pampilhosa deveu-se a dois factores fundamentais: por um lado a existência de matéria-prima em abundância – a argila, por outro lado, a encruzilhada dos caminhos-de-ferro que existia nesse lugar e que permitia transportar de forma fácil os produtos cerâmicos fabricados para todas as partes do país e para o estrangeiro através do comboio.
A importância dessas cerâmicas foi tão grande que deveria ser construído um museu cerâmico que perpetuasse para as gerações futuras a tradição industrial dessas cerâmicas.


Duas das fábricas, hoje em ruínas.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

As antigas cerâmicas - parte 1


Cerâmicas são fábricas que transformam a argila em variados tipos de objectos que depois vão cozer em fornos a temperaturas muito elevadas.
A matéria-prima das cerâmicas é o barro. Essa rocha existe em grande abundância nos barreiros, situados na zona Oeste da Pampilhosa. Essa riqueza mineral foi aproveitada ao longo de muitos anos por três cerâmicas: Cerâmica das Devesas, Cerâmica Progresso da Pampilhosa e Cerâmica do Navarro.
Essas cerâmicas transformavam o barro em produtos destinados á construção civil: tijolos maciços, tijolos furados, tijolos refractários, tijoleiras, variados tipos de telhas, cumes, peças para varandas e ladrilhos.
Primeiro, eram escolhidos os melhores barros do barreiro. Depois eram amassados com alguma água até se formar uma pasta macia e tenrinha. Essa massa era depois transformada com moldes nos vários objectos cerâmicos. De seguida esses objectos ficavam a secar em estufas próprias. Depois de secos iam a cozer a temperaturas muito altas, em grandes fornos aquecidos com cascas de pinheiro. Após a cozedura os objectos eram percutidos um a um com um pauzinho; os que tinham o som choco iam imediatamente para o monte dos cacos, os que tinham o som perfeito eram aproveitados. Finalmente eram empilhados até serem vendidos.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Janela


Mais um pormenor da Pampilhosa...
Sempre gostei de fotografar janelas.
Alguém descobre onde se encontra esta?

Uma ajuda: é na parte alta da vila e é muito velhinha...