domingo, 21 de setembro de 2008

Filarmónica Pampilhosense


Surgiu em 1894, na Pampilhosa, uma das primeiras bandas de que há registo, a banda dos Teixeiras, organizada por João Teixeira Lopes e Júlio Teixeira Lopes, empresário da Fábrica Mourão, Teixeira Lopes e C.ia. Em 1913 foi fundada a “Tuna Recreativa da Pampilhosa” por Joaquim da Cruz, empresário da Fábrica de Serração Thomaz da Cruz.
Entretanto, os instrumentos da Fábrica dos Teixeiras foram vendidos a um grupo de Pampilhosenses que, em 1920, decidiram organizar uma filarmónica. Foi então assinada a escritura da sociedade no Domingo, dia 9 de Maio daquele ano, pelo seu primeiro Presidente, Prof. Guilherme Ferreira da Silva, surgindo a “Filarmónica Pampilhozense”, com sede na “escola oficial de Pampilhoza do Botão”.
A sua primeira bandeira foi a da Tuna que, quando esta acabou, foi repintada com o nome da Filarmónica e respectiva data de fundação.
Ricardo Campos foi o seu primeiro regente, que vinha de Coimbra de comboio para os ensaios regulares, jantando numa das Hospedarias da Estação. O seu ordenado era de três escudos por ensaio.
Em 1924 a regência passa a ser da responsabilidade de Manuel Maria Simões Pleno, de Santana, Figueira da Foz, passando, dois anos depois, a batuta ao seu filho, Joaquim Maria Simões Pleno, que se mantém no comando durante 64 anos.
Em 1990, Joaquim Pleno é forçado, devido à sua idade, a abandonar a regência. A direcção artística passa então a ser da responsabilidade de seu filho, Manuel Lindo Pleno. No ano seguinte, por ocasião do 71.º aniversário da FP é prestada a justa homenagem ao Maestro Joaquim Pleno, quando lhe é concedida a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Mealhada.
A Associação conta neste momento com cerca de 600 sócios e a banda é constituída por meia centena de elementos, oriundos na sua maioria da freguesia da Pampilhosa, mas também das freguesias de Vacariça, Botão, Luso e Murtede.
A 22 de Agosto de 2006, a Associação vive uns dos dias mais negros da sua história, aquando da morte, por doença prolongada, do seu director artístico e um dos filhos da terra, o Maestro Manuel Lindo Pleno.
Daniel Vieira, músico na FP desde 1991, é escolhido pela Direcção e pelos elementos da banda como o novo director artístico do grupo, iniciando o seu trabalho a 27 de Outubro de 2006.
Adaptado de Daniel Vieira 1997