
Sob o ponto de vista arquitectónico, não há nada no actual
edifício que faça lembrar essa época, e há na freguesia pelo menos desde
o século XVII um topónimo chamado igreja velha, onde foram encontradas
colunas e restos de ossadas que podem apontar para o primitivo local de
culto.
O actual edifício é de uma só nave, de tecto apainelado de madeira simples, e a sua construção data do século XVIII.
Sobre a
construção da igreja sabe-se muito pouco, os documentos deixam concluir
que no século XVII, além do altar da padroeira, tinha apenas os dois
altares laterais, - Nossa Senhora do Rosário, e o actual S. José, que
era então o Santíssimo.
Texto adaptado de: «Pampilhosa oito séculos de historia» de Maria Alegria Fernandes Marques
As
aberturas são rectangulares, a porta principal é dotada de friso e
cornija e remate de nicho que duas aletas acompanham, no nicho S.
Agostinho de pedra evoca os últimos padroeiros. A porta travessa da
direita mostra friso e cornija.
Os
retábulos principais e colaterais, de madeira, pertencem à segunda
metade do século XVIII, tem duas colunas e pintura a marmoreado. Uma
tela, naquele, fecha o camarim e representa o martírio de Santa Marinha,
sendo do século seguinte. O retábulo do arco da esquerda é composto por
diversas talhas do século XVII e XVIII; o da direita do século XVIII,
mostra colunitas e suportes em forma de base de Hermes.
Destacam-se
as esculturas de Santa Marinha de pedra gótica, pequena dos séculos XV e
XVI, simples são de madeira as de São. José, Virgem com o Menino
(Rosário), nos colaterais de tamanho médio do século XVIII, regulares;
Cristo crucificado, grande corrente, do século XIX; Santo António,
pequeno, do século XVII. A pia baptismal e uma de água benta mostram
perfis quinhentistas.
A
cruz processional, de prata branca, dos séculos XVI – XVII, mostra
braços planos e de terminações trevadas, nó em urna antiga, sendo todas
as superfícies decoradas com tarjas entrelaçadas.
Texto adaptado de: Academia Nacional de Belas Artes Inventario Artístico de Portugal Distrito de Aveiro / zona sul – 1959
Acrescente-se que, durante uma obra de conservação, se decidiu retirar a tela que representa o martírio de Santa Marinha, para que fosse restaurada. Para grande espanto de todos, descobriu-se um altar mor em talha dourada, que estava escondido há anos.
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